O mercado de insumos biológicos segue acelerado, dando sinais de que não há exagero no otimismo dos estudos que projetam o futuro do segmento. A Frente Parlamentar da Câmara Mista de Bioeconomia da Câmara dos Deputados, por exemplo, ventilou que, em 2025, o setor chegaria a um faturamento mundial na casa dos US$ 11 bilhões, pelo menos.
A Research and Markets foi mais ousada, prevendo um crescimento anual na faixa dos 10% a 12%, ou US$ 18.5 bilhões no mesmo ano. Projetando um pouco mais à frente, a CropLife Brasil, aponta que a receita do segmento deve ser três vezes maior até 2030.
Fazendo um retrospecto em cima de dados realizados, a Spark Inteligência Estratégica, por sua vez, apurou que, na safra 2020/2021, o Brasil viu o mercado de bioinsumos alcançar a surpreendente de receita de R$ 1,7 bilhão – em contraposição com o ciclo anterior, isso significa um aumento de 37%.
Ao mesmo tempo, o mercado de defensivos agroquímicos vem mostrando certa estagnação. Em 2018, foi registrada uma queda de 6% na produção deste tipo de insumo, o equivalente a US$ 64 bilhões. No mesmo ano, o mercado de insumos biológicos apresentou um saldo de US$ 3,8 bilhões, 17% maior que o registrado no período anterior.
O que alimenta a escalada do mercado de insumos biológicos?
Em suma, ao passo que a procura por agroquímicos está em queda, a ascensão do mercado de insumos biológicos não para de crescer. Este movimento em mão dupla, aliás, é mundial e está relacionado a uma série de fatores.
Antes de mais nada, a conscientização a respeito do valor nutricional de alimentos naturais transformou o comportamento em mercados, feiras e restaurantes. Assim, a preocupação em consumir opções saudáveis tomou a dianteira como critério fundamental na decisão de compras. Paralelamente, o compromisso das pessoas com a sustentabilidade também se reflete numa crescente rejeição a produtos resultantes de processos que trazem prejuízos ao meio-ambiente.
Em contrapartida, para o produtor, o reconhecimento das vantagens do biocontrole para a lavoura é um grande impulsionador na escalada do mercado de insumos biológicos. Produtividade, otimização no uso de recursos hídricos, saúde do solo são apenas alguns dos benefícios citados pelos agricultores que aderiram aos bioinsumos.
Se, em algum momento, optar pelo biocontrole pareceu ser um movimento de nicho na agroindústria, especialmente centrado em produtores de alimentos orgânicos, isso é passado. Os bioinsumos já mostraram sua eficiência nos mais diversos cultivos – grãos, verduras, frutas, café, milho, cana-de-açúcar etc., só para ilustrar.
O que impulsiona o mercado de insumos biológicos?
Em 2021, o mercado de insumos biológicos brasileiro fechou em torno de R$ 3,0 bilhões. Com efeito, analisando de forma segmentada, sabemos que a movimentação se deu da seguinte forma:
bionematicidas – R$ 1,2 bilhão (40%);
bioinseticidas – R$ 750 milhões (25%);
inoculantes – R$ 660 milhões (22%);
biofungicidas – R$ 390 milhões (13%).
Ocupando o terceiro lugar, os inoculantes estão transformando o cenário na cadeia comercial da fixação de nitrogênio dia a dia. No final de 2022, a Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes anunciou mudanças que visam intensificar a aproximação do mercado de insumos biológicos. Como resultado, o grupo pretende facilitar a criação de oportunidades e iniciativas de contribuição em pesquisas, bem como apoiar esforços por regulamentações fundamentais para o desenvolvimento do setor.
Já no caso da primeira posição, várias as razões colocam os nematicidas no topo do pódio. Entre outros fatores, o custo-benefício e os excelentes resultados que eles conseguem alcançar no combate a nematoides, especialmente em culturas como a da soja. Neste caso específico, eles são responsáveis por cerca de 90% dos investimentos dos agricultores que estão combatendo a praga. A ação dos nematicidas biológicos também é muito eficaz em outros cultivos de destaque no Brasil, sobretudo milho, algodão e café – portanto, é bem possível que mantenham a 1a posição no ranking brasileiro por algum tempo.
Como parte do mercado de insumos biológicos, a Agrivalle se motiva em promover a pesquisa e o desenvolvimento de produtos que unifiquem a qualidade dos alimentos, a produtividade das lavouras e a preservação do meio ambiente. Nossos pesquisadores chegaram a excelentes resultados, desenvolvendo biofertilizantes (Algon, Implanta, Raizer), biofungicidas (Twixx-a, Shocker), inseticidas microbiológicos (Auin CE, Gr-inn) e outros produtos que já ajudam muitos produtores no Brasil. Para ser um deles, entre em contato com a gente.